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SOCIEDADE BILÍNGUE

Nota de alcance:

Comunidade onde mais de um idioma é utilizado em sua expressão e interação comunicativa, ou um indivíduo que se comunica em mais de uma língua. Enquanto alguns definem como bilíngues aqueles que dominam um par de línguas como nativos, outros consideram bilíngues aqueles que possuem domínio em qualquer habilidade da segunda língua ou que alternam entre dois idiomas. É importante ressaltar que nem toda sociedade bilíngue produz falantes bilíngues, podendo haver sujeitos monolíngues dentro dessas comunidades.

Nota bibliográfica:

Definição elaborada pela Rede de Especialistas da Gestão Terminológica do Inep com base nas seguintes referências:

CAMACHO, Roberto Gomes; FIAMENGUI, Ana Helena Rufo. Atitudes e Crenças Linguísticas em um Cenário Multilíngue. Revista da Anpoll, [S. l.], v. 1, n. 49, p. 91–104, 2019. Disponível em: https://anpoll.emnuvens.com.br/revista/article/view/1304. Acesso em: 5 fev. 2024.

GONÇALVES, Dania Pinto. Aspectos do bilinguismo societal no comércio da fronteira uruguaia-brasileira. PAPIA, São Paulo, v. 23 n. 2, p. 201-221, jul./dez. 2013. Disponível em: https://web.archive.org/web/20180410235005id_/http://revistas.fflch.usp.br/papia/article/viewFile/2045/1915. Acesso em: 5 fev. 2024.

Nota histórica elaborada pela Rede de Especialistas da Gestão Terminológica do Inep com base nas seguintes referências:

BEHARES, Luis Ernesto. Apresentação: educação fronteiriça Brasil/Uruguay, línguas e sujeitos. Pro-Posições, v. 21, n. 3, p. 17–24, set. 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pp/a/XDnVS3fZ9WJw4YYyttDGRjh/?lang=pt#. Acesso em: 5 fev. 2024.

CAMACHO, Roberto Gomes; FIAMENGUI, Ana Helena Rufo. Atitudes e Crenças Linguísticas em um Cenário Multilíngue. Revista da Anpoll, [S. l.], v. 1, n. 49, p. 91–104, 2019. Disponível em: https://anpoll.emnuvens.com.br/revista/article/view/1304. Acesso em: 5 fev. 2024.

GONÇALVES, Dania Pinto. Aspectos do bilinguismo societal no comércio da fronteira uruguaia-brasileira. PAPIA, São Paulo, v. 23 n. 2, p. 201-221, jul./dez. 2013.  Disponível em: https://web.archive.org/web/20180410235005id_/http://revistas.fflch.usp.br/papia/article/viewFile/2045/1915. Acesso em: 5 fev. 2024.

Nota histórica:

O contato linguístico é inevitável devido à diversidade de línguas e países no mundo, conforme mencionado por Appel & Muysken (1996, apud GONÇALVES, 2013). Isso é evidente em comunidades bilíngues como no Canadá, Espanha e Brasil, onde diferentes idiomas são falados. Por exemplo, no Brasil, temos comunidades bilíngues como em Arroio do Padre - RS (português/pomerano) e em Caxias do Sul-RS (português/italiano). No Paraguai, há exemplos como em Pedro Juan Caballero (espanhol/guarani) e Ciudad del Este (espanhol/português). Além disso, nas regiões fronteiriças entre países, como entre Brasil e Uruguai, onde há cidades gêmeas, ocorre um tipo particular de bilinguismo societal. Essas regiões compreendem partes do extremo sul do estado do Rio Grande do Sul no Brasil e dos Departamentos uruguaios de Artigas, Rivera e Cerro Largo, e exibem notáveis diferenças sociais, culturais e linguísticas dentro de cada país. A formação dessas áreas fronteiriças resulta de histórias distintas, algumas marcadas por processos conjuntos e outras caracterizadas por notável disparidade. Enquanto a história política dessas regiões, inserida na narrativa histórica do Brasil ou do Uruguai, por vezes contrasta, em muitos aspectos, com sua história social, demográfica, cultural e linguística, essas discrepâncias continuam a ter efeitos visíveis no presente.

 Considerando especificamente a situação paraguaia, Gaona Velázques (2013, apud  CAMACHO; FIAMENGUI, 2019) argumenta que, além de reconhecer o Paraguai como um país multicultural e bilíngue, tendo o espanhol e o guarani como  línguas  oficiais,  a  Constituição  Nacional  de  1992  dispõe  sobre  a obrigatoriedade do uso da língua materna no início do processo escolar, não só para leitura e escrita, mas para todas as áreas do conhecimento.