Embora haja registro de indicadores educacionais desde o século XIX, foi a partir da segunda metade do século XX, sob os auspícios dos organismos multilaterais como UNESCO, OCDE, UNICEF e a Divisão de Estatística das Nações Unidas, que os indicadores sociais ganharam destaque, entre eles os educacionais. Esses indicadores com esforços conceituais e metodológicos distintos dos prioritariamente demográficos buscavam mensurar o bem-estar e a mudança social, uma vez que havia a noção de descompasso entre o crescimento econômico vivido pelos países e as melhorias das condições educacionais da população.

As publicações Toward a Social Report (1966) e Social Indicators (1967), encomendadas pelo governo dos Estados Unidos, inauguraram a fase que se chamou de “Movimento de Indicadores Sociais”. Em muitos países, os setores de estatística incorporaram essas novas dimensões investigativas e passaram a produzir relatórios educacionais de forma sistemática. Em termos de produção nos países, destaca-se a seleção de vários indicadores educacionais para a publicação da revista L’Etat de L’école, na França.

Na América Latina, os indicadores educacionais ganham maior relevo a partir da década de 1980, com o Plan de Acción de Educación de la Segunda Cumbre Hemisférica, em Santiago do Chile, em abril de 1998. Nesse plano e nos seus seguimentos, os países da América Latina e Caribe buscaram estabelecer indicadores educacionais comparáveis internacionalmente e promover estratégias de integração e cooperação na região, com a especial participação da UNESCO e do MERCOSUL.